terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um abraço a Vênus de Milo

(Vênus de Milo. Estátua grega provavelmente produzida no período helenístico, pertencente ao acervo do Museu do Louvre, em Paris)

Incondicional. É assim que todo amor pode ser livre.

Mas livre não é solto... Há laços que devem ser atados, porém, não aprisionam, não sustentam expectativas suntuosas. São simplesmente laços feito de mãos dadas, em que todo o mistério de emoções e sentimentos suscitados enrubescem e tira o fôlego: porque é imprevisível, não planejado, e esta aí, para ser vivido no corpo e na carne tantas vezes dilacerada e que outras mil se regenera para novamente ser devorada...

Laços estabelecem um ritmo, uma afinação dentro da dissonância que cada um é. Mas... acontece: surge alguém encantadoramente inseguro(a) que te eleva e te adora como Vênus de Milo, interessado(a) no lampejo do fogo que em ti vislumbra e ele(a) perdeu.

E -

ao perceber que é mortal, simplesmente te deixa no ar... E como uma forma etérea que não quis ser, você dá corpo a um sonho frustrado que não ostentou, do qual  ele(a) acorda, plácido(a), numa manhã qualquer... Livre de qualquer pedaço (de ti) que tenha ficado para trás...

AML

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