quarta-feira, 1 de agosto de 2012

T(r)emas

Estou monotemática ultimamente. Embora eu tenha tantos pensamentos a serem revirados, refeitos, para se tornarem algo novo... Adoro mudar a vida de lugar, sempre privilegiando os melhores climas - o Bigode me ensinou o quanto o tempo é prestativo para a procriação do amor e da alegria - de vida. Mas sempre meus temas recaem no mesmo lugar, talvez por ser o lugar-mor de tudo. Confusão. São muitos sentimentos do mundo para tanta coisa que desalinho a todo momento, para realinhar de forma mais simples.

Sou complicada.

Adoro quando me falam: "Sua linda! Você não existe!" Não, eu existo. E por trás do "sua linda" há o caos, um turbilhão de coisas e mais coisas que preciso dar nome - mesmo achando que ter sentido não faz sentido. Caos este, por sua vez, que não disfarço, é só você olhar com atenção. Não sou exceção, é claro. A diferença é que eu não desafino, vou lá, desalinho para realinhar, sem saber se eu sei dizer o que quer dizer o que vou dizer - parafraseando Baleiro. Eu digo. E sempre causo terremoto, sou assim, meu coração explode a cada movimento, me sensibilizo com música, pinturas, poesias... Por que ali sempre tem algo tão significativo, tão intenso, tão... eu. E choro. E sorrio. Amo, amo muito... E transbordo alegria.

Você deve pensar que sou infeliz, mas sinto em desapontá-lo, leitor: sou feliz mesmo no meio de todo esse furacão. Vou para longe para ficar mais perto do mundo, que me suga, me tritura e me refaz a todo instante. Sim, sim, dói muito sentir tudo, querer falar de tudo e explicar tudo de forma mais simples, mas não dá para evitar essa dor; pois fujo, corro mesmo de qualquer forma de me auto assombrar. Está vendo? Sou complicada. É muita coisa para pouco amanhã...

AML

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