terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ninharias... ou não.

Acordei sem ver o dia nascer. Engasguei-me com palavras que queria muito dizer, mas não tem nome. Na verdade, o nome é feio e despropositado, pois enuncia o subentendido como o entendido, o que confunde minhas vistas. Creio na transfiguração das coisas, mas neste caso, convém enfeitar mais que o comum. Pintar é tão difícil como escrever e não tenho muita coordenação nem pra um nem pra outro, por isso, decidi faze-los do meu jeito.

Não ter título de mestre - confesso -, de certa forma, é até conveniente. Academia atrofia meu feeling... Mas em contrapartida me concede a proeza de ser atriz para os aprendizes da tragédia... E isso compensa o déficit primeiro.

Quando me pariram, engoliram meu se. E sem se, não posso mais conceder exceções. Por isso, quem não acredita em mim é porque se sente ofendido por eu me amar demais, viver demais e sempre regurgitar todo infortúnio dando-lhe traços estéticos mais aceitáveis ao ex-pectador... Quando eu era menina, queria ensinar aos outros, mas ninguém me entendia, talvez eu falasse grego. Hoje que sou mulher, ninguém me entende porque mulheres não são seres compreensíveis. Perder o falo tem suas vantagens... Posso ser um quadro dadaísta, o que é melhor que uma Brillo Box...

Estou amontoada de ideias... Preciso viver cada verbo para além de sua definição.