A solidão não é
um ajuste de contas
entre eu mesmo e cada história
que escapou do enredo ideal.
Se trata de um salto, um mergulho
para dentro de si,
onde posso vislumbrar os próprios
demônios há tempo disfarçados.
Entre um verso e outro
o medo tenta me contaminar.
Mas não consegue. Outra perspectiva pode ser construída
mesmo diante um abismo de incertezas.
Eu não quis ter certeza de nada.
Se disso dependesse a afirmação de
minha existência, certamente
eu teria fracassado.
Apenas me dispus a compreender
que é possível encontrar dentro de si
mais vida que o mundo exterior pode suportar.
Geralmente ele não me suporta.
Por que eu sorrio de uma orelha até a outra
mesmo quando esse velho mundo
diz que eu devo lamentar.
Entre nós, a solidão só dilacera quem
não consegue seguir o plano universal.
Desculpe-me, velho mundo,
eu saí pela tangente, pois
estar só é estar no plural.
Poesia e filosofia - ou filosofia em poesia? Textos, versos e um dedo de prosa, tudo escrito por Alexandra M. Lopes: professora, filósofa e poeta, gauche na vida.
terça-feira, 28 de julho de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Espelho, espelho - meu?!
(Fonte: google imagens)
Meu corpo já não pertence mais a mim. Está preso ao olhar e julgamento alheio. Querem decidir por mim o tom da minha pele, o tamanho do meu cabelo, a cor dos meus olhos, minha altura e peso. Porém, eu disse não.E saí nua por aí.
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