sábado, 25 de agosto de 2012

Querosene

(Claude Monet - Waterlily pond with the japanese bridge, 1899)

Meu corpo arde
meu sangue e
minha'lma queima
a cada dia longe daquela figura
especial,
tão perto e tão longe
dentro e fora
de mim.

Cada pedaço meu,
cada músculo lateja:
ao te ver
mergulho
numa saudade que tento transformar em versos
em pintura inacabada
sempre esperando uma nova tonalidade -
para não me devorar e não
me debruçar nessa mistura de alegria e tristeza
de estar e não estar fazendo
o que é certo (?).
Confundimos prudência com pudor?
Não sei.
Nunca sei muita coisa.

Esse querer ainda pungente
vai e volta sem permissão
sem nome
se endereçando para não receber -
correspondência.

E vira novos versos
queimados pela luz pálida
do meu jardim.

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