domingo, 8 de julho de 2018

P.S. nº 1



Ele se deitou, assim, ainda surpreso,
com os olhos estatelados, em direção ao nada.
Parecia não acreditar, não queria se ouvir, se sentir.
Voltava no tempo feito fita de vídeo,
para morder os lábios ao se perguntar, insistentemente, por que
apenas se despediu, levando nas mãos um cortês beijo, nem tão molhado.
Se tivesse olhado para trás, teria percebido,
que ao final da noite é necessário coragem
para dizer eu te amo.