Depois de três litros de razão pura, sofre-se pelo menos de ressaca transcendental.
Gosto sem interesse, mas imperativo categórico.
Belo é pra quem tem Espírito.
Arte? Só pra cortar caminho até a religião.
Eros contra Anteros: "Amai e procriai" - mas não gozais.
"Só sei que nada sei" não é saber de alguma coisa?
O Dasein é um sem teto.
Perda da aura sem anjinho barroco.
Almônadas.
Indústria cultural em viagem à Ítaca.
Deus ex machina como vontade e representação.
Catarsis do fim da tragédia.
Etc.
Etc.
Ideia de Etc.
Poesia e filosofia - ou filosofia em poesia? Textos, versos e um dedo de prosa, tudo escrito por Alexandra M. Lopes: professora, filósofa e poeta, gauche na vida.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Ode aos trinta anos
O mais divertido em existir é não saber nada sobre existir, apenas ir levando, vivendo, amando cada segundo frente o terror do desconhecido. É como jogar amarelinha sabendo que nunca chegará ao céu, porém, insistirá uma, duas três vezes somente pelo prazer de jogar... A inocência da infância que infelizmente perdemos ao amadurecer é tão mais rica que o acúmulo de frases difíceis aprendidas nos maiores compêndios que fomos capazes de criar...
A maturidade apodrece a inocência, nomeada a partir de então como ingenuidade pejorativa ou excesso de imaginação: adultos que se recusam a crescer, assumir responsabilidades de gente grande ou abandonar o sonho de Never Land... Eu creio no oposto disso. A maturidade deveria ser o ápice de nossa capacidade de imaginar e criar jogos de sobrevivência: poder brincar de ser humano é mais agradável que qualquer seriedade imposta como necessidade após a maioridade.
Nesse esconde-esconde as avessas que chamamos de vida adulta quero criar minhas próprias regras, sem medo de ser pega em flagrante fora de meu secreto esconderijo....
A maturidade apodrece a inocência, nomeada a partir de então como ingenuidade pejorativa ou excesso de imaginação: adultos que se recusam a crescer, assumir responsabilidades de gente grande ou abandonar o sonho de Never Land... Eu creio no oposto disso. A maturidade deveria ser o ápice de nossa capacidade de imaginar e criar jogos de sobrevivência: poder brincar de ser humano é mais agradável que qualquer seriedade imposta como necessidade após a maioridade.
Nesse esconde-esconde as avessas que chamamos de vida adulta quero criar minhas próprias regras, sem medo de ser pega em flagrante fora de meu secreto esconderijo....
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