Antes que a melancolia me devore viro pássaro.
A vida presente é o bastante.
Por trás da palavra há um abismo de carne e osso.
Meus verbos escorrem sangue.
Amores etílicos evaporam.
Desilusões endurecem a epiderme.
Amanhã é uma expectativa que tende a nos foder.
"Eu te amo" é uma metáfora.
Salto no abismo sem paraquedas.
Prefiro pimenta a qualquer tempero falso.
Não há movimento retilíneo uniforme quando amo.
O outro não pode me conceder a felicidade que não possuo.
Dentro de mim o vento sopra dissonâncias.
Não acredito em promessas.
Reticências me levam a pensar dissabores.
Perco a paciência com a ruminação intelectual.
Não acredito em coisas que tenham a pretensão de serem definitivas.
Adoro queimar a língua com café quente.
Digo não a qualquer um que não queira amar e insiste em viver de amor.
Me entrego por inteira até quando é meio dia.
Não partilho com alguém o que não não tenho cultivado dentro do meu corpo.
Quero ser artista para criar minha alegria e não ter a fraqueza de ascetas.
Um minuto gira sentimentos incomensuráveis.
Crio meu universo particular com versos livres.
Adoro magenta.
Não guardo nem meia palavra que precisa ser publicada ao vento.
Disfarço o tecido rugoso que constitui a contradição da vida com poesia.
Saber o que quer não evita nem pequenos nem grandes fracassos.
Permito-me desistir do sono quando as madrugadas são anônimas.
Estado de inquietude é tão necessário ao poeta quanto oxigênio à vida.
Prefiro o sentido trágico da vida a um otimismo sufocante.
A pior solidão é quando a própria companhia é insuficiente.
Nenhum amor é vão.
AML
A vida presente é o bastante.
Por trás da palavra há um abismo de carne e osso.
Meus verbos escorrem sangue.
Amores etílicos evaporam.
Desilusões endurecem a epiderme.
Amanhã é uma expectativa que tende a nos foder.
"Eu te amo" é uma metáfora.
Salto no abismo sem paraquedas.
Prefiro pimenta a qualquer tempero falso.
Não há movimento retilíneo uniforme quando amo.
O outro não pode me conceder a felicidade que não possuo.
Dentro de mim o vento sopra dissonâncias.
Não acredito em promessas.
Reticências me levam a pensar dissabores.
Perco a paciência com a ruminação intelectual.
Não acredito em coisas que tenham a pretensão de serem definitivas.
Adoro queimar a língua com café quente.
Digo não a qualquer um que não queira amar e insiste em viver de amor.
Me entrego por inteira até quando é meio dia.
Não partilho com alguém o que não não tenho cultivado dentro do meu corpo.
Quero ser artista para criar minha alegria e não ter a fraqueza de ascetas.
Um minuto gira sentimentos incomensuráveis.
Crio meu universo particular com versos livres.
Adoro magenta.
Não guardo nem meia palavra que precisa ser publicada ao vento.
Disfarço o tecido rugoso que constitui a contradição da vida com poesia.
Saber o que quer não evita nem pequenos nem grandes fracassos.
Permito-me desistir do sono quando as madrugadas são anônimas.
Estado de inquietude é tão necessário ao poeta quanto oxigênio à vida.
Prefiro o sentido trágico da vida a um otimismo sufocante.
A pior solidão é quando a própria companhia é insuficiente.
Nenhum amor é vão.
AML