sábado, 28 de julho de 2007

O que quiser...

Hoje acordei ouvindo-o sussurrar em meus ouvidos que sou teu segredo mais incoerente. Preferi não levar a sério - você detesta levar qualquer coisa a sério, lembra-se? - e repousar novamente em tua ausência. Não posso controlar a vontade absurda que tenho de me perder na fatalidade de possivelmente ter alguma quimera incongruente.
É verdade... (até agora) Preciso sumir você. Vou ler Hilda Hist e fingir que há algo menos sarcástico que a negação. Vou xingar um palavrão bem cabeludo para que todas as letras saibam que é contra a minha vontade desenha-lo em meus rabiscos: quero desenha-lo nas minhas costas... Estou mesmo caminhando nos jardins de uma simpatia antipatizante, dou de cara com o abismo que me seduz e me esconde. Só me resta sair nas ruas, em busca de um único retrato, o qual você parece olhar dentro de mim e zombar de minhas especulações tardias...
Em outros gostos, outros gozos, me engano. Pelos menos agora sei que estou me enganando. Não procuro mais o que já sei onde está, porém, tão afastado do que posso alcançar... Que tolice sem tamanho, querer apreciar os mesmos prazeres dos deuses...É melhor continuar só no que acho ser belo...