domingo, 13 de maio de 2012

Atalhos

Meio melancólica
meio letárgica
meio a fim.
Poupemos a intimidade da palavra amor
Dá um sujeito inteiro?
Pela metade.
Um terço
ou dois oitavos
Conta que não fecha
Querer motivo pra ficar quando não tem motivo algum
Mais uma cerveja
sem querer beber mais
outra música
outra noite
outra esquina
Longe.

O silêncio rodeia
sem dúvida.
Sem expectativa
Dúvidas
dentro
denso
rugoso tecido da vida.
Se ela ficar à vontade
se entrega.
à espreita
com os pés de Curupira
Deves mesmo falar?
Temor e tremor
há medo da paixão
recíproco...

AML

3 comentários:

Vitor Cei disse...

Ressaca poética da noite de ontem?

Alexandra M. Lopes disse...

Imagina, Vitor! Nem ressaca poética, nem ressaca etílica! Mas confesso que esta questão de tudo ser tão instável e efêmero tem me inspirado bastante. Afinal, porque desejar ter certeza sobre tudo? Estou dando voz à dúvida que é calada por nomes, denominações e status de relacionamento em redes sociais. Permitir o fluir também é desejável...Por que não?

Vitor Cei disse...

Devir, sempre!