terça-feira, 26 de junho de 2012

Um jogo a dois

Deixemos de lado as convenções.
Joguemos os dados
Apostemos nossas regras súbitas porque elas podem mudar
Não há motivos para privilegiar compromissos
Há mais compromisso na honestidade em declamar o querer
o desejar (te)
e vivê-los sem ocupar-se do futuro.
Sem planos
Já é um plano.

Sermos chamados pelo próprio nome é suficiente
quando estar junto
é o que mais importa.
Para o diabo qualquer título transcendente
embriagado em ilusões rasteiras de happy end
quando os versos tecidos entre os corpos
são livres
amantes
que não agonizam o que sentem por simples medo
de não ser-fazer-se(r) felicidades habituais
de desajeitar os afetos já conquistados
de prometer futuro
 - que por si só já é uma promessa inspiradora,
mas incerta.

Por que prometer amanhã?
Por que planejar a próxima semana?
Um dia vem após o outro...
Não busquemos fins pelos meios que não tem fim algum
apenas tecem entraves
dúvidas
sismas
que só pretendem tornar o que sentimos algo moral.
Não. 
Deixemos de lado as convenções
e o cuidado para ter tanto cuidado
sem cuidar do que realmente importa.
Tão simples.
Tão instantâneo
que confunde.
E nos leva para longe...
quando queremos
apenas
estar aqui
no paraíso que já seguramos em nossas próprias
mãos dadas.



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