segunda-feira, 11 de junho de 2012

Deixe ela entrar...

(Pablo Picasso - L'etreinte, 1903)

Sair do óbvio que ninguém pode ver.
Com(e)on sense 
Ou ninguém quer ver
porque assusta
porque é a hora errada
que desprograma
e recomeça - é outra.
Medo gostoso de não saber
identificar
dar nome
De não prometer
nada
Nem isso
nem aquilo.
Agora é transversal
Uma incógnita dizível
mas não pronunciável.

Fique.
Sinta.
O medo é recíproco - é um jogo, lembra?
Se perca no improvável.
Na pessoa inimaginável
que mexe e mexe mais
em suas entranhas
na carne
e no coração desiludido.
Tempo separa corpos
e nada mais...
Venha aqui
não há promessas
nem juras
somente "isso"
Inexplicável
intangível
que insiste em se instalar
dentro
no âmago dos corpos
nus
que se presentam
no inocente pensar que
não foi nada...
Que não é nada
além de corpos
nus
(...)

AML


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