terça-feira, 6 de março de 2012

Sendo o que é, sendo o que pode ser

(Parte selecionada da pintura Der kuss - Gustav Klimt, 1907-1908.)

Não saber é excitante...
Hoje
ou amanhã
talvez dia nenhum.
Algo que atrai e
ao mesmo tempo
repele (ou não...)
e ao mesmo tempo
quer mais...

Sem saber o que quer
(ou não...)
apenas indo
onde as pernas se encontram
e se perdem querendo o chão que
isto não habita.

Nem santo
nem profano.
Não há nome nem adjetivos.
Há apenas uma pele que
já conhecia
e hoje (re)aparece
madura
suando  - como outrora
na nuca
exalando desejo de amar
de se amar
de se engalfinhar no escuro
na rua vazia
no coração possível.
É possível?
É...

AML

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