quinta-feira, 22 de março de 2012

Queres o que não quer querendo

(Pieter Mondrian. Moulin au Soleil Rouge, 1908)

Por mais que todo tumulto seja evitado, ainda assim o moinho não pára.
Tom performático de viver:
estabelece prioridades,
                 missões,
                 objetivos,
                 métodos,
                 etc...
Mesmo sabendo que o moinho não tem controle,
segue seu próprio fluxo,
         seu próprio ritmo.

Querer um copo d'água que não transborde sentimentos
desviantes (?!) do que quer
E sempre quer mais
Querendo menos.
Em cima do muro
sem concreto que o sustente.
Sim, imprevistos ocorrem.
E quando menos se espera já se encontra ali -
vulnerável
amedrontado
sem querer e querendo demais.

Antipatia simpatizante:
querer se levar e ser amarrado no mastro
deixar se seduzir e se lembrar das horas - tão inadequadas e rigorosas.
Mas já está ali...
Jogando o mesmo jogo
apostando as mesmas fichas
e criando novas regras.

Sem querer
já quer o que não quer.

AML

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