domingo, 22 de novembro de 2009

Uma partida de futebol...para quem não gosta de futebol

"Eu preciso dizer que eu te amo, desentalar este osso da garganta..." Essa é a versão original da composição de Cazuza e Bebel Gilberto. Mas as vezes, quando há tanta coisa a dizer, o que realmente importa se torna termo médio do silogismo.

Quando nos vemos numa guerra contra si mesmo, buscamos a todo custo se livrar desta montanha russa de emoções, porém, é bem mais complicado do que imaginamos. Isso porque quando tudo está mal, certamente pode piorar. É uma sensação horrível de impotência que assola qualquer desejo, uma carência e solidão sem tamanho - e, obviamente, incompreensível aos olhos do outro. Acho que na realidade, todo momento de crise pessoal é meio egoísta: esperamos ser entendidos, mas nos esquecemos de entender o sofrimento alheio também...

Driblar este paradoxo é tarefa dos dois times, mas para esse jogo é necessário disposição para o empate: entretanto, nosso ânimo as vezes pode ser a pior arbitragem, porque nos inspira o anseio de ganhar sempre... Putz.... Temos o dom nato de facilitar a complexidade... Mais um paradoxo para qualquer lógica inútil...

" Essa coisa que mete medo pela sua grandeza. Não sou o único culpado, disso eu tenho certeza..." Caetano imprimiu neste trecho de "Queixa" algo que parece que preferimos ignorar, quando na verdade é o que pode garantir o sucesso de qualquer partida...

Quero recuperar a vitalidade de um amor dionisíaco, sem tamanho para qualquer palavra que queira desenha-lo. Quero me recuperar... e ganhar você novamente. Confesso que seria mais fácil simplesmente reconhecer que meu time está à beira da zona de rebaixamento, que eu deveria entregar o jogo e apenas esperar o apito que demarca o intervalo. Mas prefiro respirar por quinze minutos para recuperar o fôlego e voltar com tudo no segundo tempo.

Reagir: este é, sem dúvida, meu "pecado"favorito...



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