sábado, 4 de junho de 2011

Amo(r).

Limite.
Até os maiores amores adormecem
silêncio.
shhhhhhhhhhhhh....
Sem você.
Amanheceu?
Só tenho seu amor quando sonho.
Quero um amor que acorde ao meu lado.
Não sou platônica o suficiente para
amar somente uma sombra de amor
que ficou fora da caverna.
Não gosto de cavernas.
Nem de sombras frias, vazias de vida,
que repetem o desejo como alegoria.
Estou só.
Fico muito bem sozinha quando
meu coração é apenas terra fértil
a ser cativada.
Porém,
Tenho um grande amor que infla dentro de mim
 - como um balão.
que quer voar para longe...
Eu quis.
Ainda quero.
Iria a qualquer lugar
com você:
desceria nos porões do inferno de Dante,
faria duas vezes a mesma odisséia
do Ulisses de Homero,
se você me amasse
ao seu lado.
Mas não consigo mais
somente sonhar que alguém me ama.
Minhas forças se esvaem
junto com o tempo que dilui
a promessa de que irás voltar
(antiga ou nova representação)
um dia...
Se acreditas
no meu amor como uma quimera,
(sem disposição para passar por dores e mortes)
só na alegria,
só no tesão,
só na esbórnia,
ser só felicidade absoluta,
não sou quem procuras.
Porque sou gente,
sou Mulher.
Tenho força e
Limite.
Preciso não ser
apenas
uma quimera sua.
Ou vivo e morro amando
como
dois corpo nus em amor e dor
Ou guardo-o na estante.
Como um conto fantástico
sem começo e sem fim.
Mas belo.

Não hei de censurar
mais
meu desejo e amor por amor.
Se não importas,
vou fazê-lo palavra.
Pra não gangrenar em ilusões
elejo o amor poético
que não castra
não consome,
vai pra algum lugar.
Irei
só.

Nenhum comentário: