sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ode aos trinta anos

O mais divertido em existir é não saber nada sobre existir, apenas ir levando, vivendo, amando cada segundo frente o terror do desconhecido. É como jogar amarelinha sabendo que nunca chegará ao céu, porém, insistirá uma, duas três vezes somente pelo prazer de jogar... A inocência da infância que infelizmente perdemos ao amadurecer é tão mais rica que o acúmulo de frases difíceis aprendidas nos maiores compêndios que fomos capazes de criar...

A maturidade apodrece a inocência, nomeada a partir de então como ingenuidade pejorativa ou excesso de imaginação: adultos que se recusam a crescer, assumir responsabilidades de gente grande ou abandonar o sonho de Never Land... Eu creio no oposto disso. A maturidade deveria ser o ápice de nossa capacidade de imaginar e criar jogos de sobrevivência: poder brincar de ser humano é mais agradável que qualquer seriedade imposta como necessidade após a maioridade.

Nesse esconde-esconde as avessas que chamamos de vida adulta quero criar minhas próprias regras, sem medo de ser pega em flagrante fora de meu secreto esconderijo....

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