terça-feira, 28 de agosto de 2007

Indisponível... como???

Nunca ouvi algo tão esdrúxulo e superficial... e patético. O que leva um sujeito naturalmente ávido (sabe-se lá de quê) se auto promover ao clã do indisponível? O receio de decepar cada artéria ao esvair-se na dor resultante dos planos que deram errado? Ou seria o terror de acreditar novamente nas benesses das novas oportunidades? Sinceramente, não sei... Talvez deve sofrer de alguma espécie de síndrome apolínea, uma boa justificativa para quem racionaliza até as dimensões incomensuráveis pela epistemologia.

Deveras, qual ser humano - inautêntico - não se diverte ao brincar de ajuizar a glória de se sentir imor(t)al? O privilégio de não perecer no tempo só é admissível para os grandes feitores, artistas que não se perderam em seus personagens. Outra situação, somente se fôssemos fruto do desejo insaciável dos deuses pelos mortais... Mas nada disso não se torna princípio válido para quem sempre quer comandar...controlar...superar...e não se abater - ao menos diante da imagem que não seja seu próprio reflexo.

Concordo que esse tipo de gente mesquinha e chauvinista está indisponível mesmo. Vivem à margem do humano, querem apenas usufruir o que restou de belo nesta espécie, esgotando-o como os demais recursos que ainda não conseguiram deteriorar... São incapazes de cativar o que esteja fora dos limites do próprio umbigo. E assim, aderem a máscara da boa diplomacia, se esquivando dos quocientes extraídos das contradições. Que pobreza bem cifrada... Não têm amor sequer suficiente para alimentar os pássaros...

(Texto reeditado: 28/08/2007)

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